POEMA-MARCELO BRANDÃO

13 de abril de 2022


 Quantos por aí

não são ouvidos,
são invisíveis,
ou só são vistos
quando estão
fadados à própria
degradação?
Quantos seres humanos
chamam de casa
um pedaço sujo
e amassado
de papelão?
Quantas bailarinas
dormem na porta
do Theatro Municipal?
Quantos rimadores
são ouvidos no metrô?
Quantos por aí,
só são vistos
quando estão

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