Trabalhador.
Imigrante congolês.
Refugiado de guerra.
Apenas 24 anos.
Preto e pobre.
Ele foi morto
por dois homens,
depois de passar
15 minutos sendo
covardemente espancado!
Ele foi cobrar R$ 200 reais.
Dinheiro que deveria
ter recebido do dono
de um quiosque na Barra,
pelos dias trabalhados.
E foi tudo filmado!
Por câmeras de segurança
e por dezenas cúmplices.
Como se aquilo fosse
um mero espetáculo.
E ninguém fez nada....
Aliás, pelo contrário!
Enquanto ele era agredido,
faziam piada, o xingavam!
Ele apanhou até a morte,
tendo sido amarrado!
Parece notícia do Rio
dos tempos de Império.
Mas, não tem nem 48 horas
este terrível fato...
E logo logo, a PM e a "justiça"
encontrarão um culpado!
E ele será Moïse o trabalhador
que foi assassinado!
Isso mesmo, o imigrante,
preto e pobre que cometeu
o crime de cobrar o troco
que havia conquistado!
Já o patrão, continuará,
livre, rico e vivo!
É um cidadão de bem,
que tem um nome
à ser zelado...
Tanto será assim,
que durante e depois do fato,
ele seguiu trabalhando
sem ser sequer incomodado.
Se for preso, não será pela
mão da justiça! Mas,
pela opinião pública,
que cobrará algum resultado.
E este "é apenas" o caso isolado do dia.
Afinal, por aqui, "não há racismo",
nem criminalização da pobreza...
Eis o cotidiano da "cidade pavorosa".
Lugar onde ainda existe "capitão do mato".
Marcelo Brandão
E foi tudo filmado!
Por câmeras de segurança
e por dezenas cúmplices.
Como se aquilo fosse
um mero espetáculo.
E ninguém fez nada....
Aliás, pelo contrário!
Enquanto ele era agredido,
faziam piada, o xingavam!
Ele apanhou até a morte,
tendo sido amarrado!
Parece notícia do Rio
dos tempos de Império.
Mas, não tem nem 48 horas
este terrível fato...
E logo logo, a PM e a "justiça"
encontrarão um culpado!
E ele será Moïse o trabalhador
que foi assassinado!
Isso mesmo, o imigrante,
preto e pobre que cometeu
o crime de cobrar o troco
que havia conquistado!
Já o patrão, continuará,
livre, rico e vivo!
É um cidadão de bem,
que tem um nome
à ser zelado...
Tanto será assim,
que durante e depois do fato,
ele seguiu trabalhando
sem ser sequer incomodado.
Se for preso, não será pela
mão da justiça! Mas,
pela opinião pública,
que cobrará algum resultado.
E este "é apenas" o caso isolado do dia.
Afinal, por aqui, "não há racismo",
nem criminalização da pobreza...
Eis o cotidiano da "cidade pavorosa".
Lugar onde ainda existe "capitão do mato".
Marcelo Brandão
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