Nascente
O verso vem?
Ou o inventamos
Ousadamente?
Vem! Vem o verso
Depois da nascença
Da linguagem translúcida
Lucidamente mostra sua face
Como um fino pingo de prata
Na folha orvalhada
O poema é quase casulo
Da vindoura borboleta
Tecida pela lagarta
Verso nasce feito gente
Vai se fazendo devagar
Como a gente, os nós
Desatados ou não
Raquel Leal
Ilustração "La gente planta de loto" de Natilustra, artista Chilena
Eliane,
ResponderExcluirO verso...é sempre surpreendente!
O poema que publiquei...tem algo semelhante! rsrs
Te deixo um beijo com carinho!
Amigo poeta, o poema é da colunista e poetisa, Raquel Leal!
ExcluirObrigada pela VISITA!
bjs no coração!
Maravilhoso metapoema, formidável musa poetamiga Raquel Leal! O verso vem, nasce como gente (e amadurece mais que gente, pois tem gente que 'desamadurece' com o passar do tempo e dos descaminhos) e do nascer solitário se expande coletivamente. O verso vem, se achega aos olhos leitores, então vem a emoção lírica coletiva. Amei o poema, mas sou suspeito, pois sou fã-nático por sua magnífica poética.
ResponderExcluirCarlos Brunno, querido poeta-amigo de décadas, é imensa minha gratidão por aprender contigo, por tu gostares dos meus versos e perceber o amadurecimento que se nos dá na linguagem, nas gentes. Tu sabes da minha admiração, apreço, carinho por ti e por sua poética irrevogável. Beijos.
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