ANGÚSTIA DE NARCISO
Devo
ser eu mesmo em todos os tempos,
Devo
ser todos num único instante,
A
ter-me em metades, compartimentos,
Para
ausentar-me da amorfia d’antes.
Troco
de roupas, modifico estradas;
Troco
de alma, coração, fantasias;
Converto
as tristezas em gargalhadas;
Exproprio-me
da dor que angustia.
E
eis que a mim, vislumbro hoje neste espelho,
Num
reflexo não mais estilhaçado,
Velho,
esmaecido e de olhar vermelho.
Agora
sou, neste sonhar, em lágrimas,
A
imagem que se curva ante o lago,
Presente
de mim mesmo, nestas águas.
Márcio
Castilho, De Todos Os Tempos, 2019.
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Muito bom este soneto.
ResponderExcluirUm excelente trabalho poético.
Parabéns ao Autor
Um abraço par ti, Eliane!
Obrigada, poeta amigo!
ResponderExcluirNossos colunistas são realmente ótimos!
São poetas de qualidade!
Bjs no coração!
Obrigada pela visita!