Ela, o mar e a águia
Atrás de ti poderia ser o mar
Com sua espuma branca flutuante
Como coisa que nunca se pode pegar
O mar faz sua geometria
Dança, mas delineia azul, branco e areia
E tu sobrevoas cada gota molhada de história
Sem deixar que nenhuma gota se encharque de ti
Teu destino tem razão de estar preso ao vento
que balança, mas não arranca o ninho fiado no tempo, no cume da árvore
Faze-o tu como se fosse a raiz da própria árvore em redemoinho, e dormes tranquilo e seco,
já que o mar não vai lá
Mas tu vais ao mar, quando queres espiar as correntes sem elo, soltas brincando de levantar ondas, quase saias a balançar as águas
Águia aguda e perspicaz,
me ensina como se faz para pairar no ar?
Raquel Leal
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