O que se olha sem poder pegar
Olha o cheiro da chuva
Vês? Agora sentes?
Ele passa de repente
E como o fulgor da aurora
Perfuma este ambiente
Indefesamente sem hora
Não é noite
Quanto menos tarde
Não houve alarde
Mas tu vistes ele chegando
Inconfundivelmente intenso
Para a terra, incenso
Onde a seca chorava
Traz à boca alento
Disfarçando os olhos d'água
O cheiro do vento
Sem veneno anuncia
Vem a chuva sem tormento
Uma alegria
E o corpo que sente
Enxerga uma nova semente
Talvez por germinar beleza...
Raquel Leal
Aquarela de Isabela Pessoa, artista paraibana
Disfarçando os olhos d'água
O cheiro do vento
Sem veneno anuncia
Vem a chuva sem tormento
Uma alegria
E o corpo que sente
Enxerga uma nova semente
Talvez por germinar beleza...
Raquel Leal
Aquarela de Isabela Pessoa, artista paraibana
LIndo poema, prima poetisa querida!
ResponderExcluir