VOLÚPIA
Nos lábios vermelhos:
O riso sereno.
No copo o veneno
Do bom vinho velho.
Rasga logo o rosto
No diáfano riso.
Ah, branco sorriso,
És tudo o que gosto.
Noto a nódoa logo
Da névoa restante:
Eu sei que eras antes
Fria, agora és fogo.
Entre gargalhadas
Quebra-me o crisol
Feito no cristal
De mofinas lágrimas.
Bebe o nacarado
Néctar dessa flor,
Pois é teu, o amor
Meu, eternizado.
Márcio Castilho, De Todos Os Tempos, 2019
e-mail: marciocastilho74@outlook.com
Lindo poema, amigo poeta!
ResponderExcluirBravo!!!!!!