A tristeza sempre escapa
por algum lugar
Vejo os campos de trigo secos,
sem vento, sem sereno
A tristeza sempre escapa
por algum lugar
Vejo as tardes senhoras,
sem fio, sem tecido
as louças de pratos vazios
as crianças sujas,
sem água pra banhar
A tristeza sempre escapa
por algum lugar
A moça na festa sem par,
sem saber que pode se acompanhar na dança
e dança por ser naquela hora insegurança
A tristeza sempre escapa
por algum lugar
No livro sem capa, sem tinta e sem letra
Só
porque o escritor não ouviu o canto
da caneta
A tristeza escapa
e é bela por ser inteiramente livre e acompanhada de si
Mas nos coloca no lugar de não querer ficar ali
É daí que nós escapamos da tristeza.
Raquel Leal
Tela de Andrea Tolaini, artista latina
por algum lugar
Vejo os campos de trigo secos,
sem vento, sem sereno
A tristeza sempre escapa
por algum lugar
Vejo as tardes senhoras,
sem fio, sem tecido
as louças de pratos vazios
as crianças sujas,
sem água pra banhar
A tristeza sempre escapa
por algum lugar
A moça na festa sem par,
sem saber que pode se acompanhar na dança
e dança por ser naquela hora insegurança
A tristeza sempre escapa
por algum lugar
No livro sem capa, sem tinta e sem letra
Só
porque o escritor não ouviu o canto
da caneta
A tristeza escapa
e é bela por ser inteiramente livre e acompanhada de si
Mas nos coloca no lugar de não querer ficar ali
É daí que nós escapamos da tristeza.
Raquel Leal
Tela de Andrea Tolaini, artista latina
0 comentários:
Postar um comentário