ESTUÁRIO
Quando
de escafandro pulares nos mares
Revoltando
as águas que se entrelaçam
Nas
doces saudades que, por ti, cruzares,
Na
imersa invenção onde surge a lembrança.
Não
deixes em terra a quem amas no sono,
Emerge
e não deixes que poda-te a morte;
Se
faltares o ar no fundo deste sonho
Que
se avance na vida a lança da sorte.
Se
acaso deserdas quem prezas no mundo
Em
troca das águas turvas da ilusão
Haverás
de ser só nesse mar profundo.
Porém, se
tu fores nato nadador,
Deixa
vir à tona esse teu coração,
Volta
logo em breve ao colo do amor.
MÁRCIO
CASTILHO, De Todos Os Tempos, 2019.
e-mail:
marciocastilho74@outlook.com
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