VENTO
O vento soprará a Fortuna
ou instilará outros hálitos.
Ninguém sabe para onde vai levar.
Pode ir até as alturas
Pode ir a outras paragens.
E então, o que cantaremos?
O que buscaremos?
Que céu nos ouvirá?
A brincadeira da zombaria de um Hermés
A entregar incertezas numa brisa desconhecida.
Um riso mercurial a mover o redemoinho
com cheiro de mato fresco.
Enganador, como uma canção de amor...
Ao mesmo tempo, irresistível na aproximação
desses estranhos vendavais.
Chamando... soprarão alguma outra vez?
Ou a oportunidade é única em sua oferta?
Derradeira miragem a nos levar até alturas
e promessas de voo de gaivota
por cima do mar azul.
Ganhar asas é o melhor estribilho
ao repetir e manejar o vento.
A criação da nossa própria canção...
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