Poema- MARCELO BRANDÃO

13 de janeiro de 2022


 Eu nasci!

Sou fruta
que pariu
há trinta e sete
anos atrás,
que aliás,
se completam
exatamente
hoje!

Nasci, num pomar,
entre folhas e talos.
Que são daqueles
saborosos e comestíveis.
Algumas palavras doces
e alguns verbos ácidos...
quase aquele venenoso.

E eu nasci num mundo
onde desde a semente,
nós sobrevivemos
ao quê o homem
determina ser o eterno.
Eu sou a gozação,
oriunda de um gozo!,
Eu nasci ao meio dia,
com o sol na lomba,
com pouca água
e muita sede de ser!
Eu nasci com
muita energia,
minhas folhas,
flores e palavras.
O meu nascer,
me lê, me relê
e ainda me traduz.

Estou sempre em busca
de vento e luz...
E a poesia que
se escreve por mim,
está para além
daquilo que eu supus.

Eu nasço, se plantado
em mentes, corações,
em qualquer canto
ou qualquer cantar.
Eu nasço memória
que um dia haverão
de se lembrar...
Eu nasço naquilo
que se pode explicar
e no que não se traduz.

E eu sempre soube
aquilo que queria.
Há trinta e sete anos,
nasci nasci poema,
nasci poeta,
nasci poesia!

02/01/2022

Marcelo Brandão


1 comentários: