MARIPOSA
De
loucura, fiz-me,
Estático
e em êxtase;
Tornei-me
branco,
Vigiando
a tua anatomia;
Tornei-me
branco,
Vendo-te,
lagarta, nua e fria.
Que
magia usaste?
Que
incenso espalhaste?
Roubei-te
a pedra preciosa,
O
talismã da garganta,
Nacarado,
cor de rosa,
Minha
doce lagarta.
Teu
jeito vegetariano
Mordeu
a minha carne.
Assustei-me,
Estático,
inerme, embasbacado.
Circulei
contigo na luz,
Virei
a casa de cabeça para baixo,
Bailei
contigo na luz.
Despiste
a tua seda
Translúcida,
tênue;
Perplexo,
vi-te, mariposa,
Da
tua feiura se despojando;
Asas
cor de rosa rodopiando.
Tornei-me
branco,
Estátua
estática
Inerte
no teu quarto branco,
Mariposa
mágica.
Márcio
Castilho
marciocastilho74@outlook.com
0 comentários:
Postar um comentário