Guarda
- chuvas
O guarda das
chuvas descansa
Nos dias de sol
Nem balança guardado no canto
Por falta de vento
Pontiagudas lanças protegem
Todos os movimentos
Daquele que se lança
Contra o mal tempo
Mas o tempo é sempre bom
Ruins são os cuidados com a terra
Por isso desabam torrões
Por isso se abrem crateras
Por isso o céu chora copiosamente
E o guarda-chuvas se resguarda
Atrás da porta
Rezando para não precisar sair do seu posto.
Raquel Leal
Ilustração de Soledade Echaniz, artista argentina
Tão verdadeiro quando cita " Ruins são os cuidados com a terra", pois daí surgem os alagamentos das cidades, as erosões, o aterramento ou o transbordamento dos rios, as vítimas da chuva e " o céu chora copiosamente', lamentando todas essas fatalidades. Parabéns pelo poema!
ResponderExcluirGratidão, querido poeta amigo!
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