Sonho
de Ninfa
Ela habita um tempo em
que a grandeza foi uma realidade física
Noutros, encerrada está
na sua imagem.
Por onde andará a sua
alma?
O seu braço é forte
ainda para amparar o cântaro das mudanças.
Seu olhar navega em
pensamentos amorosos por aquele que se foi.
O sol reflete em sua
sedutora silhueta,
aquecendo o perfume que
inebria os que passam
arriscando um olhar...
Que passado é esse tão
distante que a conheceu
e ainda a acompanha no
seu exercício contemplativo?
No
seu jardim de pedra ela se deleita em sua beleza primaveril
esperando,
quem sabe, ser arrebatada no vento
em
direção a novas tardes de amor,
como
aquelas em que ainda não estava só.
Àquele
leito natural e macio dos amantes.
O
seu panteão hoje é um lugar de recordações,
lembranças
e honores solitários entre nuvens
que
passam e a observam, eternamente...
Desabitada
de saberes e paixões.
Mesmo
assim, ela espera docemente, em sua languidez de deusa,
Sabedora
de manipular os dons dos prazeres de Eros
Com
a volúpia e a saciedade próprios da sua estirpe.
Bravíssimo, Marina!
ResponderExcluirBelíssimo.
Marina ,
ResponderExcluirMinha querida colunista e Poeta,
Amo suas poesias cheias de emoção , de mistérios e de observações !
Lindo poema!
Bravo!