Não há correntes no vento
Trago um beijo imaginário
Como quem inspira o ar para os pulmões
Fortemente desinflados
Desamarro o batom do lábio
Nas costas do travesseiro branco
Como era a folha do caderno
Amanheço plantando uma flor
Depois tateio com mãos de terra
A omoplata, para me lembrar da postura
Compus uma flor no vaso
Um traço de batom disperso
O ar corre nos versos
E amar ainda é verbo.
Raquel
Leal
Aquarela
de Isabela Pessoa, artista paraibana
Quando amar deixar de ser verbo...deixaremos de viver!
ResponderExcluirApenas existiremos!
Um beijo carinhoso.