AMOR INCÓGNITO - Marina Alexiou

5 de novembro de 2021


 

Amor incógnito e grandioso

Largo e profundamente azul como o mar.

Aqui...Aqui te esperamos!”

 

E para aprender sobre o prazer?

Sobre o seu olhar... quando se é apenas um estranho?

A fé é uma possibilidade de vitória

de que a sua partida não seja uma realidade.

Temos que aprender sobre tudo?

Ou os sentimentos bastam?

A palavra-passe abrirá portas seguras?

ou te cegará com a indiferença de tantos rostos

que te mirarão na obscuridade?

A embarcação não guarda memórias,

conduzindo entre águas calmas e enganosas

todos os sonhos e ilusões.

Ela olha para o porto distante,

perdida em especulações, enquanto as águas vão deslizando

e mudando a sua cor, engolidas pelas nuvens companheiras...

...Ao girar a moeda no seu aportar

tudo ganhará o seu verdadeiro lugar,

e o destino poderá, por fim, sorrir...

Quem pode saber?


3 comentários:

  1. Quem pode saber da profundidade antes do mergulho sem medo da vida? Quando as águas podem ser calmas e enganosas os sonhos viram turbilhões. Seu poema é magnífico, Marina! Como é bom lê-la.

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  2. Olá Raquel

    Muito obrigada pelas palavras perceptivas e sensíveis, como sempre.

    O apoio que recebemos na forma de uma opinião de alguém que leu a poesia, é fundamental para aquele que escreve...

    Os inconscientes se conectam nesse pequeno momento de leitura, onde as palavras e a imagem podem e levam para o mundo simbólico que nos habita.

    É um exercício de contato com elementos nossos que estão lá, a dizer... e a poesia é a melhor forma de conexão...

    Podemos compartir essa sensação através da nossa interação nesse espaço gentilmente cedido pela Elyane...

    Um beijo com carinho

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