NINFA -MARINA ALEXIOU

8 de outubro de 2021


 

Ninfa

 

A paisagem acidentada

Acompanhava a sua existência de frágeis nervuras de concha

A substituir o seu coração, que...

Emitindo o som das profundezas de um oceano,

Se fazia ouvir nas batidas de sua pulsação.

O movimento do fluxo do sangue em suas veias e o fluxo das suas memórias

Iam ao encontro do mar de habitantes da sua intimidade mais velada,

Corais de imagens incrustradas nas pedras da sua imaginação.

Recebendo o impacto tremendo das ondas do espanto

Criavam impressões de ricos contornos em desenhos,

A formar o mobiliário de uma nova morada

Para essa alma de inarráveis outras (moradas), ainda por surgir...

A topografia desse ser que mostra estreitos caminhos e saídas,

Banhados pela púrpura aurora

De inúmeras ilhas de Calíope, continua a esperar...

Pelo fim da imortalidade.

 

6 comentários:

  1. Eliane e Marina,
    Um belo poema, cuja construção poética nos leva até Calíope,
    musa da poesia épica, num estilo narrativo
    construído através de elementos simples, mas muito impressivos.
    Gostei!

    Tenham um bom fim de semana, com muita inspiração!
    Bjs no coração.

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  2. Caríssimo A.S.

    Muito obrigada pelas suas palavras sempre tão gentis.

    Satisfação em tê-lo aqui, como leitor sensível que é, trazendo comentários pertinentes e participativos.

    Um fraternal abraço,

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  3. Elyane e Marina,

    Bom dia!
    Creio que a beleza de imortalidade está bem aqui na essência deste poema doce, sensível e profundo, que delicadamente encontra lugares inabitados dentro do corpo que sente, tanto a chegada de novos mobiliários, quanto do desdobramento desses verso!
    Poema divino!

    Forte e fraternal abraço;

    Raquel Leal

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    Respostas
    1. Muito obrigada , querida prima e poetisa, fico muito feliz com seu comentário!

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  4. olá Raquel

    Muito obrigada pelo seu comentário!

    Convido você a continuar a compartilhar as suas opiniões aqui no blog.

    Elas serão muito bem-vindas ....

    Sempre.

    Abraço,

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