O que pensar desse Natal 2020?

14 de dezembro de 2020




 Não sei definir exatamente o que pensar a respeito...

Entendo a gravidade mundial da fase em que vivemos, mas questionar é sempre necessário para que possamos formar a nossa opinião a respeito dos fatos sem interferência alguma dos órgãos de comunicação, que muitas vezes entram em nossas casas trazendo terror o dia inteiro!

Sou bastante otimista mas essa situação de falta de liberdade me assusta bastante...


 

EXPLOSÃO

 

O sorriso não basta para estancar a pressão no peito, o desespero contido nos olhos sedentos de saudade dos que amamos, e fomos obrigados a nos afastar sem a liberdade de escolha, fomos conduzidos firmemente ao afastamento social.

Essa guerra biológica não me deixará impotente e nem castrará minha criatividade, até porque para os que escrevem, os grandes conflitos da humanidade nos fazem acelerar o processo da arte e grandes poemas, contos, crônicas, deixarão para o futuro o que sentimos na realidade em nosso interior; o desencanto, a solidão, o autoritarismo de algumas autoridades. Só o povo sofrerá na pele as consequências desse momento tão crítico! A Arte terá um grande avanço e todos os artistas estarão voltados à criação!

Hora de reavaliação Humana!

Minha mente fervilha sente novamente uma convulsão de palavras e ideias, que se enroscam em meu cérebro, mas procuro olhar e sentir o lado positivo da própria negatividade humana. Tenho sempre a intenção de provocar grandes sorrisos em todos que conheço porque a vida é pra ser apreciada, deglutida com prazer... Há sempre um propósito em cada atitude alheia, mas minha decisão é ser feliz indefinidamente, mesmo nas turbulências, catástrofes mundiais, miséria humana, suicídios conscientes ou não, deixo a minha emoção agir e então choro convulsivamente em meu canto, no espelho do meu quarto, onde posso ver refletida a minha face sofrida e guardar na memória, mas nunca deixarei  transparecer ao mundo... Ele não merece!

Percebi claramente nesse período de isolamento, que vários amigos se afastaram definitivamente de mim, há sempre uma desculpa, uma falsa ideia de proteção, como se estivessem com receio de nos contagiar... Mas a grande verdade é que nessa fase conheceremos realmente quem são nossos verdadeiros amigos ou amantes, época de entendimento interior, reconhecimento das amizades e dos amores...

Mas tudo passará como as águas dos rios... Os amores também, reciclaremos amizades e observaremos muito mais ao redor. Não conseguirei ser a mesma pessoa, estou em reciclagem, ou melhor, todos os humanos terão que se reinventar e talvez saibamos amar mais... Seremos mais HUMANOS!

Essa tragédia que nos invade, chegou num momento em que não tínhamos mais tempo para nada... A vida era sufocante e muito corrida, as vinte e quatro horas do dia, não eram suficientes para realizarmos nossas tarefas, nossas obrigações familiares, compromissos com amigos, cafés literários, leituras diárias e cuidar de nós mesmos, da nossa essência, do nosso “eu”... Tudo era muito confuso e a corrida por dinheiro nos invadia, os boletos chegariam ao final do mês e teríamos que quitá-los, comprar sempre mais e mais e mais... Consumir sempre, porque a meta era “ter”, sim esse verbo nos acompanhava há muitas décadas ou séculos...

O sorriso não basta para estancar a pressão no peito, o desespero contido nos olhos sedentos de saudade dos que amamos, e fomos obrigados a nos afastar sem a liberdade de escolha, fomos conduzidos firmemente ao afastamento social.

Percebo claramente que a miséria se instalará no Planeta Terra, muitos morrerão de fraqueza e de abandono, sem as mínimas condições de higiene e sobrevivência humana, sabemos que os mais carentes financeiramente não poderão sobreviver a essa guerra, estamos vivendo um grande conflito baseado na Ciência, nos agentes biológicos, na razão! Afinal, somos movidos pela solidariedade nesse exato momento, ficamos emocionados, choramos, tentamos ajudar de alguma forma, mas sabemos que os países mais pobres sofrerão mais, somos impotentes!

Penso: Como os artistas esboçarão essa Guerra Mundial em seus quadros, esculturas, peças em geral? Como a geração futura interpretará?

O fato de estarmos isolados nos permite muitos questionamentos e fazemos até autoanálise em nosso próprio divã, aprendemos a técnica de nos aceitarmos como somos e de nos amarmos mais, porque em plena solidão somos “nós” (eu e o mundo).

Nosso sofrimento é contínuo e exatamente igual para todos, somos frágeis e a qualquer momento estaremos contaminados, caso não tenhamos a consciência de nos isolarmos, sofremos juntos! Nunca a humanidade foi tão homogênea em fragilidade.

Olhar para o céu; as nuvens, as montanhas, as matas, ouvir o canto dos pássaros, acariciar seu animal de estimação, falar sozinha, dançar pelo apartamento, ouvir boleros, rocks, tomar uma taça de vinho, comer um queijo provolone, ouvir a voz dos que amamos pelo celular ou mesmo vê-los por vídeos, ahhhhhh isso nunca foi tão importante rsrs

Vamos rever nossos valores e recomeçaremos, pois enquanto há vida... o coração não para tumdum tumdum tumdum ...

EXPLODE...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 






3 comentários:

  1. Tudo que vc disse faz sentido. Já percebi isso. Nessas horas é que descobrimos os verdadeiros amigos. Um e -mail, um telefonema, uma palavra de carinho podem fazer a diferença. O SILÊNCIO É REVELADOR. Cuide-se! Abraços

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