12 de fevereiro de 2020

Conto



A VIDA E SEUS ENIGMAS


O ambiente na casa de Laura andava meio triste, vários acontecimentos fizeram com  que a sua família se desequilibrasse emocionalmente, e qualquer barulho, era motivo de susto e apavoramento. Não havia música que conseguisse trazer  para o ambiente um clima de harmonia, era tenso o ar que respiravam.
Irene (a secretária de Laura) estava sempre orando, pois era Evangélica e trazia sempre louvores para aliviar as tensões diárias. Mesmo com todas essas medidas de proteção, o apartamento vibrava negativamente  e era mesmo sinistro .
O que mais impressionava a todos, era a sequência de acontecimentos fúnebres, quando todos se sentiam aliviados ao acabarem de superar algum obstáculo, não chegavam nem a vibrarem com intensidade, pois logo em seguida, outro fato desagradável acontecia repentinamente.
A ambulância era chamada com frequência, pois o pai de Laura(Adalto) era diabético, e tinha crises repentinas de hipoglicemia; não reconhecia ninguém da família e todos entravam em pânico constantemente. Na última crise foi necessário levá-lo para o Hospital, e permanecia internado em observação há alguns dias.
Numa manhã de outono, clara e ensolarada, depois do café, quando todos já estavam prontos para a luta do dia a dia, Laura foi ao quarto dela , pois Irene o limpava naquela momento, e  ela precisava passar  algumas recomendações, para que o andamento do serviço ocorresse de uma forma perfeita e sem dúvidas.
O quarto tinha uma varanda com uma porta grande de blindex, e as duas estavam conversando de frente para a varanda, Laura sentada na cama e Irene a olhava fixamente, “antenada” com todas as observações de Laura.
Quando, de repente, um “URUBÚ” enorme, de asas abertas ,sentou no  parapeito da  varanda,  de frente para as duas e as olhou de uma forma muito forte!
Laura gritou:
-Irene, o que é isso?
-O que isso significa?
O bicho era muito pesado e enorme , demorou a sair dali, mas enquanto lá esteve, não deixou de fixar os olhos em Laura.
Irene, orou e pediu a Deus, para que nada acontecesse!
Sr. Adalto (pai de Laura) não conseguiu recuperar, pois estava com baixa imunidade, e foi vítima de uma infecção hospitalar. Em dois  meses estava morto como um passarinho, sem asas para voar!
Foi enterrado numa manhã de inverno, fria como suas mãos. Laura e sua família foram para casa e ficaram na varanda de seu quarto; todos quietos, mas com o olhares voltados para  o infinito...




4 comentários:

  1. Olá, querida Eliane!

    Parabéns escritora pelas histórias interessantes e bem escritas, que aqui nos dá a conhecer.

    Essa, é mais uma, de cariz triste, mas a vida tem dessas coisas, embora famílias hajam em que parece que tudo corre mal, como era o caso da de Laura.

    Meu blog está esperando você, pke ele é nené. Há brigadeiro e champagne e festa da rija. Te aguardo, tá? Obrigada!

    Beijos e bom domingo!

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    1. Olá, querida amiga poetisa!
      Vou lhe visitar hj, amo seus poemas arrdentes.
      Lindo domingo, querida!

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  2. Olá, menina bonita!

    Passando pra saber de você, pois os tempos são de confinamento e de tristeza, mas não há mal que dure para sempre. tenhamos confiança!

    Beijos, não saia de casa e se cuide!

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    1. Olá, querida amiga poetisa!
      Vamos nos cuidar...
      Bjs no coração e muita paz!

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