Reflexões numa tarde de outono

21 de março de 2019
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REFLEXÕES NUMA TARDE DE OUTONO


Andei por todo o apartamento procurando o início de um texto ,que gostaria de escrever, após ter terminado de escrever o último capítulo de um conto. Foram várias caminhadas em todos os cômodos, e não conseguia achar a ideia central, isso me deixou um pouco perturbada, pois escrever para mim faz parte de minhas atividades diárias, um compromisso comigo e com as palavras que me aguardam, para que sejam registradas no computador, e futuramente no papel!
Será que estou sem inspiração? Não tenho esse direito de brincar com as palavras, elas existem e me aguardam...
Sentei na cadeira de sempre, peguei meu notebook que fica sobre a minha escrivaninha, abri e fiquei a olhar para a tela que me inspirava o “nada”! Não posso acreditar no vazio do pensamento, faço esse exercício diariamente e as palavras saltam da minha mente em dança constante, flutuam nas minhas vistas.
Observei que há um silêncio no meu ateliê, não tenho ligado o som e ouvido as músicas que gosto para escrever, meus rocks da” Legião Urbana”, meus cantores prediletos. A música me ilumina nas composições literárias que faço.
Liguei o som para ouvir um pouco o “Renato Russo” e a chuva cai fortemente, o que muito me agrada ouvir esse barulho fantástico e o cheiro da terra molhada. Os passarinhos na minha varanda estão quietinhos em seus ninhos, esperando uma estiagem para começarem o namoro, que se estenderá por muitos meses , e o que me faz sentir que a vida é realmente muito especial e que devemos observá-la em seus mínimos detalhes.
Começam a fluir as palavras, de repente, percebo que já não me sinto mais sozinha, o exercício da escrita me satisfaz, sinto-me repleta de  amigas: “as letras!”
Sinto a mesma apatia com relação às atividades físicas, tenho me encontrado meio quieta, sem o “gás” de sempre, o outono me transmite um pouco de introspecção. Reflito muito nessa estação por vários motivos: A Páscoa(renovação da vida), projetos futuros, melhorias interiores, minha vinda ao mundo  e a perda de minha mãe.
Tudo deve prosseguir: o namoro dos pássaros, as músicas no meu ateliê, a construção de poemas, crônicas, contos, romances, a vida pulsante nas minhas palavras.







11 comentários:

  1. vc é muito show,meu amigo poeta!
    Bjos no coração!

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  2. Olá Elyane, boa tarde querida.
    Também já passei por períodos, onde tinha a idéia, mas não conseguia encontrar as palavras certas. Através da melodia de algumas canções, surge quase que a poesia ou um conto todo pronto, prestes a digitar. Esse processo criativo é libertador, é onde eu posso ser eu. Que os ótimos ventos de outono venham lhe trazer mais inspirações e levezas em todas as áreas de sua vida.

    Abraços,
    Dan.

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  3. Lamento a perda da sua mãe. todos nós que escrevemos sentimos por vezes esse vazio essa falta de inspiração. Que bom que a sua voltou.
    Abraço

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    1. Obrigada, querida amiga poeta!
      Perdi minha mãe há 10 anos, mas pra mim foi ontem...
      bjos coração!

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  4. Isso aí. Vida que segue.
    Bom fim de semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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    1. Bora,amigo!
      Caminhar sempre olhando pra frente...
      vida que segue...
      bjos no coração!

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  5. Oi, querida Elyane!

    Está linda na foto e já um pouquinho vestida, outonalmente (não existe esse advérbio de modo, mas me dá jeito aqui-rs), mas ele, o outono chegou aí. Aqui, a Primavera e a vida desabrochando.

    Todos nós temos momentos, dias assim, mas depois, a inspiração aparece sem avisar. Foi o k aconteceu com você enquanto refletia. Sua cogitação deu um belo e bom texto.

    Beijos e bom domingo.

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  6. True, life goes on we have to move along
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