Introspecção

21 de junho de 2016
 Instrospecção



“Seja Eu,
 Seja Eu,
 Deixa que Eu seja Eu.”



Sinto necessidade de me afastar temporariamente do mundo, desligo-me dos contatos e me envolvo dentro de mim, entro no meu ser com toda a intensidade ,que um escritor necessita para se conhecer, analisar procedimentos alheios, definir atitudes futuras, sentir com loucura , sem interferência alguma .Há um aspecto meio mórbido nisso, mas não há como prosseguir sem esta parada...após explodir para o mundo sua obra, precisamos entender que já não nos pertencem as palavras escritas, agora são do mundo...não dominamos mais sua realidade vivida e sentida, fazemos parte da história!
Resolvi sair de casa hoje, após alguns dias de isolamento e quando caminhava para a academia de ginástica, numa tentativa de exercitar minha mente para enfrentar a humanidade, pois a atividade física me promove um certo alívio psíquico e a vida flui com menos sofrimento, um passarinho pulou numa poça de água da chuva  para tomar banho, olhei atentamente e percebi a beleza na natureza, nos animais, na liberdade em voar para qualquer canto do mundo, no ser sozinho e estar no mundo com objetivos e necessidades de sobrevivência, realmente o que me encanta  são essas pequenas observações que faço, tudo é muito intenso e efêmero!
Há dias que o céu permanece nublado, cinza, sem vibração, talvez apenas a chuva seja um sinal de energia viva! Prefiro os dias de sol, quando levanto nas manhãs ensolaradas, é maravilhosa a sensação que sinto dentro do meu ser, a luz radiante do Sol penetra dentro de mim e sou toda energia, tenho convulsões de alegria, escrevo para os amantes, tenho desejos mais ardentes, minha vida toma um sentido mais vibrante!
Quando resolvemos assumir a condição de “escritores”, há uma cobrança dentro de cada um de nós, pois precisamos escrever sempre e pensar que escrevemos para o mundo, desta forma estamos expostos a comentários, críticas, olhares estranhos, desprezo, indignação, principalmente quando falamos do amor de uma forma mais “quente”, mais “solta”, sem preocupação com os leitores, descrevemos o que sentimos e muitas vezes incomodamos pessoas mais preconceituosas, com limitações no “sentir” e no “viver”!
As palavras já foram ditas, resta relaxar!


“Seja Eu,
 Seja Eu,
 Deixa que eu seja Eu,
 E aceita
 O que seja seu
 Então deita e aceita Eu.”







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