Simba era o nome de nosso
cachorrinho; era diferente em todos os aspectos, pois mais parecia humano,
tinha sentimentos nobres, adorava apreciar a natureza da janela do apartamento
onde morávamos, e ficava em meu ombro como uma criança carente!
Como sofria de “epilepsia”,
todas noites tinha quatro ou cinco crises de convulsões violentas, que me
acordavam e me deixavam totalmente desnorteada, pois me sentia incapaz, nada
podia fazer para reverter a situação. O veterinário receitava remédios e eu os
comprava e ele tomava direitinho, mas era impossível ficar “curado”, e foram
crises tão fortes, que eu o alimentava socando a ração e misturando com um patê
especial, que eles chamavam de “levanta defunto”, e desta forma com uma
colherinha eu introduzia o alimento e com conta- gotas a água entrava em seu
organismo!
Estava acostumado a tomar
banhos semanais na “Pet Shop"do bairro, todos sabiam de suas limitações e não podiam demorar
muito para atende-lo!
De repente, achamos o
atendimento decaído e resolvemos trocar de “Pet”, e assim o fizemos!
Ligamos e marcamos o horário
para apanharem nosso “Simba”, tudo deu certo, e ficamos aguardando o retorno
para conferirmos se foi bem lavado, perfumado, esses detalhes importantes de
serviços prestados a animais de estimação!
Demorou bastante, e já estávamos
preocupados, resolvemos telefonar e disseram que o carro estava na rua para
entrega dos animais.
Já era noite e eu havia
chegado do trabalho, mas muito preocupada, pois a expectativa da chegada de
nosso animalzinho era enorme.
Toca o interfone e o
porteiro anuncia a chegada do querido “Simba”, eu e meu filho caçula, ainda com
seus dez anos de idade, fomos correndo para o elevador recebe-lo, e “Simba”
entrou em disparada na cozinha e foi para debaixo da mesa.
Estranhei, mas achei que
estivesse cansado, estressado, pois ficou muitas horas fora de casa.
Rômulo resolveu pegar seu
cachorrinho no colo, e disse alto para mim:
-Mãe, puxaram o rabo do
Simba e cresceu!!!!!
Corremos para o telefone e
imediatamente solicitamos a troca do animal,
pois haviam confundido na
hora da entrega!
Logo em seguida, chegou o
nosso querido “Simba”, que durou mais que três anos de idade, mas nos deixou
muita saudade e muitas lembranças de carinho e dedicação!
Ele adorava olhar no meu
ombro a rua, as pessoas que passavam, a natureza, a vida!
















