Mate-me quando quiser

Quando comecei a ler esse livro, fiquei um pouco apreensiva, pois não conhecia o trabalho da autora, e precisava observar bem todas as suas tendências na escrita, seus mistérios e sua desenvoltura com as palavras, pois assim como exijo muito de mim, aprecio trabalhos de qualidade!

Quando faço minhas resenhas, não pretendo contar exatamente a história para o leitor, procuro dar indícios do desenrolar, mas é preciso que se mantenha o foco principal resguardado.

O fato de a protagonista  contratar alguém para matá-la nos assusta, e logo nos questionamos a respeito do motivo pelo qual alguém paga para ser morta. Não podemos entender o amor como fato gerador desse suicídio encomendado!

A autora procura debater sobre a família, a fé, a própria monogamia e as consequências de falharmos como seres humanos, no cumprimento das regras da própria sociedade Contemporânea.

A figura materna é sempre reforçada, e o personagem chega a temer a sua genitora, pelo seu domínio mesmo após a sua morte; através de sonhos e pesadelos, que o direcionam para atitudes de caráter a serem tomadas, e desta forma, o desequilibra emocionalmente.

Comportamentos de psicoterapeutas são analisados e nos deixam perceber com clareza, que não há sigilo profissional, quando tratamos de emoções, onde esses profissionais da mente humana estão inseridos e envolvidos por sentimentos.

A humanidade falha, e  tudo pode acontecer diferente do que planejamos, essa é grande mensagem do livro!

Gostei demais do livro, e o indico para quem aprecia uma leitura dinâmica, pois ele nos envolve e o devoramos!