A Insegurança da Realidade virtual

9 de junho de 2014


Matheus estava com seus sete anos de idade , quando começou a sentir certa angústia, uma ansiedade constante; estava sempre preocupado com a mãe, não a deixava ir sozinha à padaria, pois temia que morresse atropelada ou algo parecido, naturalmente ele se sentia o seu “protetor.” Quando Ana Júlia (sua mãe) saia para trabalhar , entrava em desespero e não queria nem ficar na escola, era preciso que a orientadora educacional a chamasse, para que o filho se sentisse seguro vendo-a na escola, e assim  se passaram dias e dias...
Nada adiantava o pai estar perto, o problema era somente com sua mãe, que passou por um período muito delicado emocionalmente, vivendo sempre esta tensão, sem sossego algum para exercitar sua tarefa profissional com tranquilidade; mas o amava muito, e todo o sacrifício valeria a pena.
Resolveram leva-lo à psicóloga infantil, mas nada foi detectado de anormal em suas atitudes e testes que eram realizados no consultório.
Na escola, tinha um comportamento normal de uma criança da sua idade, até que começou a chamar demais pela mãe. Nas semanas de prova, sua mãe passava a tarde no pátio do colégio, e ele volta e meia ia olhar e confirmar sua presença, até que terminasse a prova e a mãe fosse liberada para voltar ao trabalho. Neste momento, o pai o levava passeando pela rua, pois morava bem perto da entidade educacional.
Um dia, sua mãe percebeu que ele olhava muito pela janela de seu quarto , no horário de ir ao colégio, e chegando bem pertinho dele ,perguntou:
-Matheus, por que você olha todos os dias na janela , antes de sair para o colégio?
-Mamãe , tem um” moço” que passa com seu filho todos os dias neste horário de mãos dadas, com uma mochila nas costas; caminham na calçada do outro lado da rua, vão até à esquina e desaparecem...eles tem uma luz ao redor deles.
Ana Júlia não duvidou e compreendeu o que se passava com seu filho; ele estava temendo suas visões, reais ou não, mas faziam parte da sua realidade!
Quando Matheus sentiu que a mãe o entendia, ficou mais solto e passou a contar sobre outras visões na garagem do prédio.
- Quando entramos com o carro, há sempre uma senhora, bem velhinha ,que corre dentro da garagem e  fico olhando firmemente para ela, mas que desaparece  rapidamente, o que me assusta muito e desperta minha curiosidade:
-Quem é essa “velhinha bonitinha”, mamãe?
-Por que ela corre tanto pela garagem até estacionarmos?
A família tornou-se um pouco aflita, pois não queríamos que ele sofresse com as suas visões, era muito criança e não conseguia discernir entre o mundo real e suas visões constantes.
Com o passar dos anos, ele se tornou uma pessoa muito equilibrada, observadora e muito discreta; pensava muito, antes de analisar qualquer situação alheia, sua mãe percebia uma grande serenidade no seu interior.
Matheus nunca mais falou sobre suas visões e evitava comentários.

32 comentários:

  1. Amiga bom post maravilhoso tenha uma semana abençoada.
    Blog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br
    Canal de youtube: http://www.youtube.com/NekitaReis

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  2. Nossa se fosse eu ia ficar com muito medo, meu Deus! kkkkk
    Esse menino foi até corajoso, coitado!
    www.PrioridadesFemininas.com

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    1. É verdade, ele foi muito corajoso!
      Obrigada pela visita e comentário!

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  3. Boa tarde Eliane!
    Lindo texto! Eu gostei do texto...Gostei tanto que fiquei na dúvida:
    Realidade ou criação? Não sei, sei que ficou ótimo!
    Bjsss

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    1. Obrigada,Célia!
      Realidade ou criação?
      A realidade e a criação se misturam , não é verdade?
      A criação passa a ser realidade ...????????
      Volte sempre,querida!

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  4. Oi elyane to passando pra te agradecer sempre te vejo lá pelo meu blog comentando e prezo muito sua visita por lá :) adorei o texto, é bem sentimental e bem tocante

    beijos

    http://voando-sozinha.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada!
      É sempre um prazer visitar seu blog, muito bom mesmo!
      Volte sempre!

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  5. Que coisa mais linda, sério...
    Eu fiquei curiosa para conhecer esse rapaz haha
    Que ser evoluido e que cuidado com a mãe... assim que a minha chegar irei abraça-la. Esse texto faz pensar...

    Beijão
    2° Encontro Solidário de Blogueiros em SP: Saiba o que irá rolar.
    http://www.cappuccinoebobagens.com/2014/06/2-encontro-solidario-de-blogueiros-em-sp.html
    SORTEIO A MENINA QUE COLECIONAVA BORBOLETAS: http://www.cappuccinoebobagens.com/2014/04/sorteio-menina-que-colecionava.html

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    1. Obrigada,Bruna!
      Volte sempre e reflita sempre....observe a vida....

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  6. O menino é médim?Meu irmão já teve algumas visões,mas nunca mais viu nada,confesso q tenho medo.
    Adoreiii ,como sempre arrasando né?
    beijossssssssssssssssssss

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    1. Ver o que as outras pessoas não conseguem ver ...qual o nome ? Tem nome científico?Vidente?Talvez....
      Obrigada, querida.
      Sua visita é sempre um grande prazer para mim!

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  7. Oi, passei para fazer uma visitinha.
    Seu blog também é lindo.
    Adorei o texto.
    Beijos

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  8. Obrigada pela visita,querida Leane.
    Volte sempre!

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  9. Olá Elyane!
    Interessante é que isso acontece mais com as crianças...Dizem que quando se é bem velhinho também. Eu acredito que pode acontecer sim, pois elas ainda estão sem tantas preocupações como os adultos, e os idosos estão voltando a ser criança.. rs...

    Um beijinho pra vc!

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  10. Que lindo esse texto, se é ou não realidade temos refletir né? Esse menino com certeza é bastante
    corajoso, eu achei super bacana seu texto amiga. Parabéns sucesso sempre
    Beijocas e boa semana.
    Blog www.nalvafaustino.com.br

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  11. Crianças e suas visões além da compreensão de todos, elas conseguem ver detalhes que aos poucos vamos perdendo (digo vamos ignorando) com forme o passar do tempo, elas são sinceras porém ingênuas, adoro criança com essa capacidade de ser realista. Parabéns pelo post.

    Arthur Claro
    http://www.arthur-claro.blogspot.com

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  12. As crianças são muito sensíveis, mesmo! Quando eu era pequena, vi meu bisavô em um sonho e contei para a minha mãe, mas eu nunca cheguei a conhecê-lo.

    Beijos,
    Juliana.
    www.cadeomeubloquinho.blogspot.com

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  13. Amiga Eliane você escreve muito bem
    Quero logo ver suas publicações em livro
    Bjs
    http://nipponpress.blogspot.com.br

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    1. Obrigada,Yuusuke!
      Volte sempre, sua presença é uma honra pra mim!

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  14. Isso acontece muito na infância, pois dizem que nós (espíritos reencarnados) até os 7 anos estamos mais em contato com o mundo espiritual que o real. Mas não é com todos que isso acontece só com os mais sensíveis ....

    Como a mãe do conto, o que se precisa fazer é dar apoio, e ficar ao lado e não achar que o filho é maluco ou coisa do gênero, porque em alguns até diria na maioria dos casos isso passa ...

    Apoio é fundamental mesmo quando não entendemos muito bem o que acontece ...

    Bjos Eliane,
    My

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    1. Concordo com você,Minda!
      A mãe amparou e não discriminou a criança!
      Obrigada por sua visita!

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  15. O medo do desconhecido as vezes nos faz tomar atitudes que pode magoar... achei linda a atitude da mãe em ouvir seu filho e tentar compreendê-lo sem julgá-lo. Só achei que você poderia ter deixado o texto mais desenvolvido... um pouco maior e com mais detalhes... :D
    Xero!!!
    http://minhasescriturasdih.blogspot.com.br

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    1. Obrigada pela observação quanto ao texto, as críticas nos fortalecem, não concorda?
      obrigada pela visita e volte sempre!

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  16. Muito bom o seu texto e me identifiquei com ele. As vezes vejo coisas e vultos.
    Estou te seguindo e curti a página. Beijinhos!

    galerafashion.com

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  17. Eu simplesmente adorei!
    Já assistiu ao filme "Falando com os Mortos", com Ted Danson? Caso não, é um bom filme.

    ...beijinhos***

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