Reflexões de uma tarde de Outono

28 de abril de 2014



Andei por todo o apartamento procurando o início de um texto ,que gostaria de escrever, após ter terminado de escrever o último capítulo de um conto. Foram várias caminhadas em todos os cômodos, e não conseguia achar a ideia central, isso me deixou um pouco perturbada, pois escrever para mim faz parte de minhas atividades diárias, um compromisso comigo e com as palavras que me aguardam, para que sejam registradas no computador, e futuramente no papel!
Será que estou sem inspiração? Não tenho esse direito de brincar com as palavras, elas existem e me aguardam...
Sentei na cadeira de sempre, peguei meu notebook que fica sobre a minha escrivaninha, abri e fiquei a olhar para a tela que me inspirava o “nada”! Não posso acreditar no vazio do pensamento, faço esse exercício diariamente e as palavras saltam da minha mente em dança constante, flutuam nas minhas vistas.
Observei que há um silêncio no meu ateliê, não tenho ligado o som e ouvido as músicas que gosto para escrever, meus rocks da” Legião Urbana”, meus cantores prediletos. A música me ilumina nas composições literárias que faço.
Liguei o som para ouvir um pouco o “Renato Russo” e a chuva cai fortemente, o que muito me agrada ouvir esse barulho fantástico e o cheiro da terra molhada. Os passarinhos na minha varanda estão quietinhos em seus ninhos, esperando uma estiagem para começarem o namoro, que se estenderá por muitos meses , e o que me faz sentir que a vida é realmente muito especial e que devemos observá-la em seus mínimos detalhes.
Começam a fluir as palavras, de repente, percebo que já não me sinto mais sozinha, o exercício da escrita me satisfaz, sinto-me repleta de  amigas: “as letras!”
Sinto a mesma apatia com relação às atividades físicas, tenho me encontrado meio quieta, sem o “gás” de sempre, o outono me transmite um pouco de introspecção. Reflito muito nessa estação por vários motivos: A Páscoa(renovação da vida), projetos futuros, melhorias interiores, minha vinda ao mundo  e a perda de minha mãe.
Tudo deve prosseguir: o namoro dos pássaros, as músicas no meu ateliê, a construção de poemas, crônicas, contos, romances, a vida pulsante nas minhas palavras.

8 comentários:

  1. He he he... eu também já andei sem inspiração. Aí fiz como tu, escrevi sobre ela.
    Funciona;

    Bjs

    Histórias, estórias e outras polêmicas

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  2. Um texto bacana, que nos mostra que até grandes escritores também tem seus seus momentos de desespero quando o assunto é escrever. Uma ótima dica você nos deu amiga. Adorei seu texto, muito bem escrito parabéns sempre. Beijão
    Blog http://www,nalvafaustino.com.br

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    1. Amiga, escrever é como respirar....muitas vezes respiramos sem esforço algum, mas em outros momentos, precisamos fazer algum esforço...as emoções nos direcionam sempre.....bora sentir e escrever!!!!
      bjinho

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  3. Adoro o jeito que você escreve, eu sinceramente entro no personagem e adoro principalmente quando me identifico com o que estou lendo, mesmo que as palavras tenham por um certo momento lhe fugido, lhe veio as palavras certas, ou pelo menos as palavras que eu precisava ler =)
    parabéns pelo post
    Bjs
    tudoqueeuseiegosto.blogspot.com.br

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    1. Obrigada,querida!
      É muito gratificante saber que escrevo, e lhe agrado com minhas palavras!
      bjus

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  4. Eu não tenho este problema.
    Só posto piadas.
    he he he

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    1. é bom provocarmos o riso...
      sorrir é fundamental na vida,não é mesmo?

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