Cachorrinho de Madame

31 de março de 2014


Numa segunda-feira, dessas que não estamos com muito “gás”, resolvi ir ao mercado, e quando o elevador parou no térreo, encontrei uma vizinha que há algum tempo não conversávamos. Falamos rapidamente sobre vários assuntos femininos. Quando comentei sobre beleza, ela disse não frequentar mais os lugares que sempre nos encontrávamos, fiquei meio curiosa, e perguntei:

-Por quê?

-As manicures são muito “metidas” e só tratam bem as “madames”, como não sou... resolvi me afastar e frequentar outro ateliê de beleza, pois na redondeza a concorrência é enorme, vence aqueles com atendimento de qualidade!

-No mercado, fiquei pensativa e logo imaginei” um cachorrinho de madame”, há pessoas que são como os cachorrinhos, quando lidam com pessoas de classe social elevada ; ficam do lado , jogam confete, servem cafezinhos, tentam agradar de todas as formas, concordam com o inacreditável, são fiéis e mansinhos... só faltam dar as “lambidinhas” nas pernas!!!

-Resolvi testar o outro ateliê, marquei a hora para fazer meu pé, e lá fui eu ...arriscando um novo ambiente, novas amizades, é sempre bom renovar!

Quando cheguei, senti a manicure fria, sem muito papo, percebi que não queria conversa .Até aí tudo bem, mas quando começou a fazer minhas unhas, sinceramente, parecia um trator passando de tanta brutalidade. Comentei que não precisa tirar demais a cutícula, pois não gosto de sentir dor... nem ligou para as minhas palavras, foi arrancando as peles, tirando bifes, sangrando....e nem se importava comigo, fiquei até meio nervosa e disse que estava bom, bastava pintar!

Na sola dos pés nada foi feito, nem um esfoliante passou; fiquei com os pés enrolados em um plástico apenas com hidratante , e retirado logo em seguida , sem nenhum procedimento profissional.

Saí de lá com os dedos doendo, imediatamente coloquei água oxigenada e jurei não mudar mais de ateliê.

Não gosto de me sentir “madame” , mas francamente é muito bom ser bem tratada, com direito a elogios, e até umas massagens nos pés é super relaxante, sem falar nas “lambidinhas”!!!!!

Não “sou” nenhuma “madame”, mas posso “estar” “madame”, pois como dizia a personagem Lady Kate, do programa “Zorra Total” :

“TÔ PAGANDO!”

7 comentários:

  1. kkk....bem divertido seu texto.
    Vem ver o que veio na minha Glambox de Março!!
    Beijinhos...
    Jana Nogueira|
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  2. Elyane, isso acontece em vários lugares, hoje o que mais vale é ter e não ser, não é
    verdade? Sei que é triste, mas é nossa realidade. A gente entra numa loja e as vendedoras nos olham de cima para baixo horrível...Um beijo vc arrasa sempre amiga.
    Blog http://www.nalvafaustino.com.br

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  3. Amei seu texto pura verdade, hoje em dia o dinheiro conta muito, muda até o jeito das pessoas com a gente, mais as vezes ate que é bom não é mesmo?kkkk. Beijus, lindo blog, voltei mais vezes. http://papodaviana.blogspot.com.br/

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  4. Caramba, muita realidade nesse texto. Eu confesso que sou meio complexada, sabe? Deixo de ir em lugares que tem essa clara diferença de tratamento porque não vou brigar pra ser bem tratada, e muito menos esfregar o que tenho ou não tenho pra merecer isso. Não ando com roupas de marca, gosto de andar de chinelo. Nunca to parecendo granfina. Então, se me olham torto, eu já tenho certeza que nunca vou passar lá de novo, mesmo que eu fosse realmente consumir e pagar. Prefiro lugares com pessoas que respeitam todo mundo igual. Se vou gastar meu dinheiro, prefiro esses. É o básico da educação.

    Adorei a analogia com os cachorrinhos HUEHEUHEUEH

    Um beijo
    www.naotenhopressa.com

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  5. Pagar para sofrer não dá, né?
    Só voltamos nos lugares onde nos tratam bem.
    Tem que ser bem tratado mesmo.
    Bjs

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  6. Os profissionais precisam ser mais qualificados e mostrar seu diferencial.

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